Eu só queria acalmar vocês, abraçar forte e garantir que nenhum medo vai assombra-los quando estiverem longe de mim.
Queria pegar suas mãozinhas pequeninhas e enfiar no meu tórax pra levarem consigo meu coração, onde quer que fossem.
Queria impedir cada lágrima de cair, fosse de birra, de dor ou de chateação porque o brinquedo novo quebrou.
Eu queria vestir uma capa, pegar um laço e alcançar tudo que vocês quisessem, feito a mulher maravilha.
Queria tirar os espinhos das flores e esterilizar o mundo pra nenhum micróbio fazer mal a vocês.
Queria virar balanço, piscina em tarde de sol, o sorvete preferido de vocês.
Queria que o meu cuidado não os sufocasse nem tirasse de vocês a liberdade de ser quem são.
Que a infinita vontade de protege-los não os leve pelo caminho da dependência psicológica de quem quer que seja.
Que a vontade de carrega-los no colo pra sempre não os impeça de andar com seus próprios pés e trilhar os caminhos que vocês escolherem.
Que esse medo de que alguma coisa ruim aconteça a qualquer instante não os torne medrosos diante dos desafios da vida.
Que o meu coração apertado cada vez que temos que ficar longe nos torne mais fortes ao invés de inseguros, na certeza de que estamos trilhando juntos o caminho do aprendizado da maternidade, eu aprendendo a ser mãe, vocês a serem filhos.
E que o amor, apenas o amor, norteie nossas escolhas, nossas vidas e nossos abraços.
Vou envelhecer repetindo, feito um Buzz com a voz baixinha de pilha gasta: "ao infinito e além". O mundo é de vocês, meus filhos, sempre será.
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