Era dessa humanidade desprovida de brutalidade que eu sentia falta. Desse doar-se, como uma mãe ao filho, sem impor nem cobrar nada.
Era dos risos por nada e do abraço apertado numa manhã ensolarada de sábado.
Eu sentia falta era do cheiro de cumplicidade. Do estalido mastigatório da refeição compartilhada em volta da mesa, entre gargalhadas e silêncios. Dos segredos divididos, da construção daquilo que se deseja para o mundo.
Era dessa gentileza, movida sem exageros, numa infinita mão dupla. Do cuidado que só se tem com aqueles que a gente deseja manter por perto.
Era da falta que isso faz.
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